A felicidade de Ancelotti e o desespero de Thomas Tuchel: "É uma decisão desastrosa"

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O Real Madrid está na final da Liga dos Campeões após vencer o Bayern de Munique por 2-1, num jogo em que esteve a perder até aos 87 minutos. A reviravolta alcançada com dois golos de Joselu deixou o Bernabéu em ebulição, um estado de espírito que contagiou, inevitavelmente, Ancelotti. No final da partida, o técnico do Real Madrid não podia estar mais feliz e não poupou nos elogios aos seus jogadores.

"A mentalidade dos jogadores é inacreditável. Estou muito grato por eles, trabalham muito, o ambiente é fantástico, são humildes, generosos. Eu acho que esta é a melhor equipa que já tive na minha carreira".

O herói do jogo acabou por ser Joselu, jogador que entrou no decorrer da segunda parte e que marcou os dois golos em menos de cinco minutos. "Tínhamos de acreditar. Meti jogadores frescos em campo. O Joselu fez um trabalho fantástico. Ele é um avançado muito bom. Conseguimos ter muita energia no fim do jogo".

Com um sentimento absolutamente antagónico, Tuchel não escondeu a enorme frustração pela eliminação, nomeadamente por um golo anulado nos últimos segundos, num lance em que o árbitro apitou fora-de-jogo (não estava) antes do lance acabar. A bola acabaria mesmo por entrar na baliza, mas o jogo já estava parado.

"É uma decisão desastrosa. A perna de Rudiger parece estar mais atrás que Mazraoui. Desastre absoluto. No segundo golo do Real Madrid, o árbitro permite que o jogo continue. Teria sido a mesma coisa. O lance tem que ser jogado até ao fim, essa é a regra. Especialmente quando se está tão perto do golo. Ganhámos o primeiro duelo. O assistente comete o primeiro erro, o segundo erro é do árbitro. O árbitro não tem de apitar. Ele pode dizer: "Vou esperar pelo lance e depois vamos avaliar." Foi o que aconteceu com o segundo golo do Real. Isso é uma violação das regras", criticou o técnico doa bávaros.

Sobre o jogo, faltaram as palavras. "Estamos todos muito dececionados e nada do que eu disser agora pode aliviar isso de alguma forma. Deixámos tudo em campo e, claro, não há arrependimentos por isso. Todos estão revoltados com esta segunda decisão, porque teria sido golo para nós. Amargo, muito amargo".

O Real Madrid, recordista de troféus da principal competição europeia de clubes (14), o último conquistado em 2021/22, garantiu a 18.ª presença na final, em que irá defrontar o Borussia Dortmund, que na terça-feira eliminou o Paris Saint-Germain na outra meia-final.

A decisão da edição 2023/24 da Liga dos Campeões está agendada para 1 de junho, no Estádio de Wembley, em Londres.