Sócios do Marítimo aprovam relatório de gestão e contas da época 2023/24

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Os sócios do Marítimo, da II Liga portuguesa de futebol, aprovaram hoje o relatório e contas do clube na época 2023/24, que registou um prejuízo de 4,5 milhões de euros (ME), em assembleia geral (AG), no Funchal.

O exercício relativo à última temporada, que teve um prejuízo de 4,5 ME, foi votado favoravelmente por 58 por cento dos presentes, com 35 por cento de abstenções e apenas sete por cento de votos contra, em reunião magna que teve lugar no pavilhão do Marítimo, em Santo António.

O segundo ponto da ordem de trabalhos, centrado na proposta do plano de atividades e orçamento relativo à época 2024/25, foi igualmente aprovado, com 67 por cento de votos favoráveis, 30 por cento de abstenções e uma taxa de rejeição de três por cento.

No final dos trabalhos, o vice-presidente da mesa da AG do clube "verde-rubro", Bruno Melim, realçou que o Marítimo vive um "momento diferenciado", em virtude de "estar na II Liga", tendo assegurado que, apesar das contas negativas, a atual direção tem "estabilidade e organização" para trabalhar.

"Vamos aguardar pelo mercado de janeiro. Agora temos um grande desafio pela frente perante o terceiro classificado [Benfica B] e é ai que estamos dedicados. Os órgãos sociais não jogam à bola, não rematam, não são jogadores, precisam é de criar condições", salientou.

O antigo presidente do Marítimo, Carlos Pereira, que liderou, de forma ininterrupta, os destinos dos madeirenses entre 1997 e 2021, também esteve presente na AG e falou aos jornalistas, enaltecendo a obra que deixou enquanto esteve no cargo.

"À entrada para a AG, fiquei honrado e satisfeito com aquilo que foi o reconhecimento pelo trabalho que fiz por esta instituição, que era a terceira mais credível do país, aquela que tinha mais sustentabilidade financeira, e espero que volte a ser aquilo que era", notou.

Carlos Pereira mostrou-se preocupado com a "situação do clube" na II Liga e espera que esta "direção seja capaz de atingir os objetivos", sendo que, caso isso não aconteça, poderá haver "abertura para um ato eleitoral e aí os sócios é que vão determinar", reforçou.

O Marítimo disputa a II Liga de futebol e, disputados 12 jogos, ocupa o nono lugar, com os mesmos 15 pontos do Feirense, que é oitavo, a nove do líder Penafiel (24) e a oito do Tondela, que é segundo (23).

Os madeirenses jogam no domingo frente ao Benfica B, no Estádio do Marítimo, às 15:30, em jogo da 12.ª jornada da II Liga, com arbitragem de Gustavo Correia, da associação do Porto.